Sou um completo leigo na arte teatral. Um intuitivo, que tenta mergulhar no universo da ribalta. Isso não me impede de celebrar um ídolo que acaba de completar 70 anos: Gerald Thomas.
Eu ainda era garoto quando as peças de Gerald causavam furor no Rio de Janeiro e em todos os lugares do mundo onde eram encenadas - mesmo. Eventos arrebatadores, espetáculos sold-out. Desde fins dos anos 1980, sabíamos de alguma forma que Gerald Thomas era a nossa potência vanguardista do teatro, ao lado de figuras também gigantescas como Zé Celso Martinez Corrêa.
Qual seria o motivo de tal fascínio? Bom, como autor, diretor e artista gráfico, Gerald atira em todas as direções - inclusive como ator: basta ver as inúmeras vezes que confundiu jornalistas em entrevistas, falando coisas muito sérias que foram tidas como brincadeira, e outras que eram claras brincadeiras, mas tidas como coisa muito séria.
Desde criança, leu tudo, tudo o que podia. Ainda garoto, foi modelo e conheceu o wild side de Copacabana e Nova York.
Eis a ficha de Gerald no Museu da Pessoa: "Gerald Thomas Sievers nasceu em Nova York, em 1957. Filho de pai alemão e mãe galesa, Gerald morou até os 7 anos em sua cidade natal. Migrou com a família para o Rio de Janeiro, onde começou seus estudos de artes com Ivan Serpa e Hélio Oiticica. Aos 13 anos a família voltou a morar nos Estados Unidos, mas por falta de adaptação retorna no ano seguinte ao Rio de Janeiro. Aos 14 Gerald vai morar em Nova York com o artista plástico Hélio Oiticica. Aos 16 muda-se para Londres e casa-se com a bailarina Jill Francis Drower. Em Londres estuda na London Education Authority e começa a trabalhar com teatro. Volta então a morar em Nova York e constrói uma carreira meteórica como diretor teatral. Autor, produtor e diretor de várias peças teatrais, Gerald revolucionou o teatro brasileiro."
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