(Em memória amorosa de Renato Alberto Azevedo, falecido hoje)
Durante um tempo, eu liderei uma turma que fez história no começo dos anos 1990 na UERJ, mais precisamente no Instituto de Matemática e Estatística. Muitos veteranos se formaram e então o carisma foi transferido para a mocidade que chegava. E aí, rapidinho, veio a turma do Renato Azevedo - senhora turma por sinal, com vários caras maneiros e gatas idem. Então juntamos nossas gangues de amor. De 1992 a 1994 vivemos a 350 km por hora, o que significa grandes festas, churrascos com mais de cem pessoas, viagens e etc etc etc. Até nos formamos, pois.
Um dia, Renato foi pro Ceará. Se mandou. Sumiu. Só fui vê-lo anos depois, quando nos encontramos na Rodoviária, eu indo buscar minha mãe e ele indo pra algum lugar.
Nos últimos anos a distância nos apartou pessoalmente, mas jamais em pensamento. Renato foi um dos caras mais legais que conheci na vida. O nosso forte ficou naqueles três anos diários, absolutos, mas é melhor viver três anos a mil do que mil anos a três. Sempre rindo, brincando, tranquilo. Nós o chamávamos de Renato Tranquilo.
Um instante, uma postagem, o Renato se foi. Na verdade, tudo que eu disse aqui é para disfarçar a dor que estou sentindo. Na minha cabeça ele sempre foi um jovem, um touro com o mundo pela frente, então me sinto atordoado.
Vivemos três anos a mil. Rimos, brincamos, nos divertimos, almoçamos, jantamos e choramos juntos.
Cara, te amo. Obrigado por ter cruzado o meu caminho. A UERJ que eu vivi não teria sido a mesma sem você. Mais não sei dizer. Desculpe a dor.
@p.r.andel
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