Pegamos um táxi para o Humaitá, não havia Uber - o número de carros diminuiu drasticamente graças à economia bozista. Há muito tempo não íamos ao Restaurante A Mineira.
O carro desceu pela Avenida Chile e o motorista alertou "Na Senador Dantas tem manifestação do PT". Deu bandeira mas de resto foi afável, sem problemas. Aproveitamos para ver a militância e também a paisagem do sábado com solzinho.
Com a pista livre, descemos a Rui Barbosa e rapidamente chegamos a Botafogo. De cara uma tristeza: Catarina fechada para sempre, no pé da Senador Vergueiro. Salgados imperdíveis, cheguei a lanchar com Leo algumas vezes. A crise, a maldição, o fim.
Dez minutos depois, nossos planos foram frustrados. A Mineira fechada para sempre. A linda casa com entulho na entrada. Inacreditável. Quantas vezes rimos naquele lugar? Restou dar meia volta e buscar um refúgio seguro: kaftas e esfihas no Largo do Machado.
Antes disso, na Voluntários da Pátria, bem na nossa frente, um ônibus 410 dá uma fechada tão grande em outro, da mesma linha, que este sobe a calçada e quase bate numa pequena árvore. Poderia ter matado alguém. Nos metros seguintes, o ônibus fechado perseguindo o fechador até que, perto do cinema, acontece o esperado: o motorista indignado põe o ônibus atravessado no meio da rua e vai tomar satisfações com o "colega" de trabalho. Este, por sua vez, foge num espaço mínimo de asfalto, avança dois sinais vermelhos e foge pela Praia de Botafogo. É claro que um policial bonachão viu tudo e nada fez.
Metros antes de chegarmos à Galeria Condor, um caminhão tenta entrar em marcha a ré na garagem, sobe a calçada e quase esmaga uma banquinha de bijouterias. As pessoas andam descontroladas demais.
Saltamos, agradecemos o motorista e partimos para o almoço. Já que a Rotisseria estava lotada, comemos em pé mesmo. Marina ficou contente com as kaftas, o mate estava delicioso. Apesar das derrotas, ainda tem Rio.
No comments:
Post a Comment