Em 45 anos acompanhando o Fluminense, nunca tinha visto uma participação tão ridícula do meu time numa final como essa de 2021. Nem parecia um adversário, mas um convidado para a festa do outro. E pela primeira vez em 15 anos, não escrevi imediatamente uma crônica sobre a atuação, o que farei hoje ou amanhã.
Agora, pior do que isso foi ver as verdadeiras trevas que viraram qualquer debate no Brasil, ainda mais sobre futebol.
De tricolores, li e ouvi de tudo. Pode ser que a dor da derrota explique até certos arroubos e sandices, mas o que me preocupa é ver tanta gente boa conformada com tudo, como se o Fluminense fosse um clube pequeno, onde é bom ser vice-campeão ou quinto, sexto, sétimo, sei lá que diabos, depois de quase dez anos sem conquistas relevantes. Quem achar que está bom, que siga com isso mas conte com minha total ojeriza a respeito. Não sou obrigado a aderir pela campanha da mediocridade.
De rubro-negros, sandices a granel, ao cúmulo de sugerir racismo tricolor em seu mosaico, apenas para suavizar a escrotidão de seus dirigentes, que deram um show explícito de irresponsabilidade no tocante à Covid19, chegando ao cúmulo da especulação de uma partida com público em Brasília depois de quase 500 mil mortos em nossas vistas - porque esse foi o único motivo da decoração. Até o início da pandemia, basta olhar no YouTube, a única torcida no Maracanã que era predominantemente de população negra e foi substituída por uma massa nitidamente branca não é a tricolor... Agora, se preferirem outra interpretação para os dizeres do mosaico, sugiro um pequeno lote: Serra Dourada/ ladrilheiro/ Papeletas Amarelas/ Roubado é mais gostoso/ Flamenguesa etc.
Pior ainda é mais uma manipulação covarde de certa imprensa esportiva, querendo igualar números centenários na marra. Patético. O Flamengo foi infinitamente superior ao Fluminense nas últimas três decisões, mesmo com os já tradicionais erros de arbitragem que predominam para um lado. Nada disso era necessário. Do jeito que jogou sábado, o Fluminense não seria campeão nem com 24 horas de partida.
Agora, ninguém tem culpa de que a pandemia impediu o Maracanã cheio, a festa etc que se vê em decisões passadas feito a de 1995, que aparece diariamente na TV ou tantas outras em que o Fluminense foi superior e campeão. Ou melhor, culpa tem, mas é alguém que não tem nada a ver com o futebol, embora bajulado por dirigentes da Gávea...
E antes que alguém fale alguma besteira, procure saber o que eu escrevo e falo sobre os dirigentes do meu clube há anos. Nada feito com ódio ou pessoalidade, nada. Tudo apenas no campo da divergência de ideias e conceitos. Se não gostam de mim por isso, dane-se: não sou tiete de dirigente, tenho mais o que escrever. Amar meu time não pode me transformar numa besta subserviente a sistemas no mínimo espúrios.
Nada pode ser pior do que a ética seletiva, de conveniência, de circunstância. O sujeito ético por ocasião é tão calhorda quanto o anti-ético.
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