deitado em seu último poema
o olho do morto é plácido
nenhum horizonte o fascina
todos rezam em lágrimas
porque as despedidas são miséria
e nada será um novo
o olho do morto, inerte, exposto
à curiosidade mórbida dos humanos
os amores estão todos perdidos
existe paz no silêncio
quem vai nos devolver o amor?
em algum lugar da memória
moraram nossos melhores dias:
todos se mudaram para o exílio
ninguém nos pensa
e um coração na mão bate forte
- o troco por favor!
ninguém merece a morte
da própria revista de História
até quando seremos brasileiros demais?
até quando o demais?
o amor parece prosperidade.
@pauloandel@
Caríssimo Andel, pois é, as coisas - de novo e de novo - estão toscas. Mas, no meio da escuridão seus textos iluminam a certeza de que nem tudo se perde no caminho. Desde sempre, sem descanso, o pau bate em Lula e no PT. As pessoas se acostumam a ser tratadas como bichos de estimação (hoje, diriam "pets"). Em meus 68 anos, jamais pensei em assistir à derrocada brasileira através dos seus habitantes: ao contrário da fábula, aqui, seguindo os ratos que nos abocanham. Por ora, apenas uma certeza (por mais incerta, pois, acordos escusos é o que não falta): seja qual for o resultado de domingo na câmara (apequenada), na 2a. feira o douto teori(a) mandará afastar e prender o acunhado: prazo de validade vencido. E, afinal, para onde vai o Fred? Aquele abraço.
ReplyDeletePoeta, estamos vivendo tempos inacreditáveis. E dos piores. Fred fica por falta de opção pessoal. De resto, a gente vai levando. Abraçaço.
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