oh, grande irmão de Copacabana!
procuro tua mão estendida
teu abraço de tanto tempo
e não encontro meu caminho
- o mar parece tão longe daqui
nenhum domingo é coisa nossa!
o sangue frio das nossas esquinas
rima com marquises miseráveis
não temos a culpa pelo mundo!
o grande irmão em lágrimas
um desconcerto de saudade à tez
oh, meu amigo, meu irmão
a solidão é a dor deste mundo
nossa descrença lancinante
e ninguém percebe quando te procuro
nos caminhos de pedra portuguesa
há uma canção de sofrimento
ficamos distantes demais
e já não sei das belas da calçada
meu irmão, minha família de Copacabana
viver é olhar para trás e rever
o curso do rio da vida
águas tortuosas e desmedidas
nenhum poema é nossa paz!
as dores do meu corpo cansam
as vontade já não têm sentido
eu sou o cavaleiro das trevas
a se esgueirar pelos sonhos mortos
de um bairro abandonado
ah, copacabana! bela e profana
desregrada canção singela
- ponha teus versos sob perigo
pisemos nos ombros dos gigantes!
vamos resgatar lições de amor!
meu amor tão vazio e triste
alguma esperança pode sangrar
@pauloandel
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