meu espelho,
que range os dentes
ao me receber,
desta vez ofertou
silêncio
e,
por isso mesmo,
estranhei.
ele já nao tem
mas raiva,
não tem rancor
e nem ousa
mostrar-se indignado:
agora é só
um espelho
que precisa de um pano
umedecido
em álcool
e um banho daqueles
de curar
mau-olhado.
meu espelho está mudo
mas não é morto;
apenas se restringiu.
também não morri -
apenas rever
minha velhice frente a ele
traz-me um que
de piada juvenil
qualquer.
Paulo-Roberto Andel, 23/08/2011
Porraa, maneiríssimo, Paulo!!!
ReplyDeleteMe sinto assim, às vezes. Sei como é...
É nóis, mano!
ReplyDeleteCaro Andel, impressiona o ritmo, além do tema. Excelente. Abraços, Pedro.
ReplyDeletetodo o agradecimento de sempre, grande poeta Pedro! :)
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