Tuesday, May 17, 2011

TARDE NUBLADA

por vezes
me esqueço
das intempéries -
não as da natureza,
feito a tempestade lá fora,
mas as que falam da dor
do ódio, o rancor
a pobreza d'alma humana
que faz tão mal
a certos corações.


por vezes,
desapareço
de meus próprios dramas -
busco exílio
em meu próprio peito
e navego velhos mares
imaginários
ao olhar para o teto
enquanto o silêncio
se faz de cais


por ora,
caminho em minha própria
e emocionante
perdição
quando me deparo
com as tolices da vida-
o que para muitos,
significa fascinação!


Paulo-Roberto Andel, 16/05/2011

3 comments:

  1. O poema está lindo, mas acabou de abrir o maior sol aqui na minha janela...
    Que final de tarde!

    PRESSENTIMENTO

    ai! ardido peito
    quem irá entender o teu segredo?
    quem ira pousar em teu destino?
    e depois morrer do teu amor?

    ai! mas quem virá?
    me pergunto a toda hora
    e a resposta é o silêncio
    que atravessa a madrugada

    vem meu novo amor
    vou deixar a casa aberta
    já escuto os teus passos
    procurando meu abrigo

    vem, que o sol raiou
    os jardins estão florindo
    tudo faz pressentimento
    que este é o tempo ansiado
    de se ter felicidade.

    ELTON MEDEIROS

    ReplyDelete
  2. Lindo, poeta maior!!Tarde nublada com pancadas de sentimentos e talento . :)Beijossss

    ReplyDelete