I
para o couro cru
há osso
a carne de pescoço
no sopro da miséria
e o mistério
da vida nua
na epopeia
de saber o que
fazer
depois do fim -
cemitério?
II
a prece o terço
a novena o escapulário
onde jorra minha fé
além do abecadário?
onde jorra minha fé
além do abecadário?
III
habitar silêncios
espaços e sussurros
tem resquício
de busca
pelas pequenas
vilanias
da palavra -
a obsessão da
sí la ba tônica
e sua contraditória
átona
no meio do caminho
entre torrentes e caos
ávido
o poema emerge
IV
reluz
aquele olhar diamantino
pedra preciosa
pepita rara
em traje esporte fino
memorial de carne
generosa mulata
V
vive a vida
quem vê o outro
e não quem
vê somente
olhares em cima
olhares sem sina -
olhar em si
é dó
e desafina
paulo-roberto andel, 15/06/2009
Paulão, essa do osso está otima. De vez em quando há de se comer um osso, com carne magra. osso duro de roer.
ReplyDeleteViva la revolucion. Paredon neles!!
Abraço!!!
Meu mestre um abraço. Cada dia melhor esse espaço. Forte abraço. Fred não deu nem cansaço.Mas meu tricolor também é um fracasso.
ReplyDeleteÉ um prazer ler seus poemas.
ReplyDeleteCriatividade e genialidade.
Abraços
Luiz Ramos
Teus textos sao de uma sinceridade "cortante", rsssssss!!! E as palavras, decididamente, nao sao postas ao leu!!! Tem fundamento e motivaçao!!!
ReplyDeleteBjs!!!!
Curtos e certeiros. Adorei o V!!!
ReplyDeleteDe acordo.
Um beijo (de máscara)rs