faço as vezes de um rio caudaloso
e nele desço correnteza abaixo
não tenho onde me apoiar, equilibrar
e nem imagino onde vai ser a parada
são as águas que me levam, vigorosas
pelos quebrantos do desconhecido
cabe-me o medo natural de marujo novo
entretanto, vivo mesmo é conforto
que venham mais águas, puras
que tudo deságue no mar, eterno
Paulo Roberto Andel, 17/03/2007
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