Wednesday, January 24, 2007

Sobre um tempo

Há momentos em que surpreendo-me com os homens de meu tempo

Aqueles que, por todos instantes, atravessam as grandes metrópoles

Usam passos apressados, ingenuamente tentando domar as horas

Acompanhados de relógios suíços, telemóveis e a mais alta precisão

Minha surpresa é vê-los submersos num mar de ilusão fugaz, doce

O tempo não pode ser controlado pelos ponteiros sutis ou digitais

O tempo não é subserviente aos fabulosos meios convencionais

O tempo, senhores, tem duas medidas: esperança e desespero.


Paulo Roberto Andel, 24/01/2007

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