Certa brisa tenra acaricia meu rosto nos arredores da pedra do Leme
Minha vista namora um horizonte, encontro de dois azuis cativantes
Ao fundo, eu procuro o que vem por depois, o paradigma, infinito
Não é fácil enxergá-lo, saber ao certo o que de lá se pode esperar
Enquanto o futuro não vem, um garotinho senta-se à minha vizinhança
Trazendo biscoito de polvilho numa das mãos, mate gelado noutra
Branquinho, de sorriso inconteste, tem no chapéu que usa um peixe
Não sei bem qual a razão, imagino-o que seja como fui por um dia
Um rompante, um triz, um pequeno caco do que parece ser vida
Talvez uma história sem fim de muito, mas muito tempo que se foi.
Paulo Roberto Andel, 24/12/2006
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