Thursday, December 16, 2010

PONTOS DE VENDA DO LIVRO





















Arlequim Livraria
Praça XV de Novembro 48
Paço Imperial – Centro

Timbre Livraria
Shoppinga da Gávea 2º Piso Loja 221

Só Tricolor – Flamengo
Rua Senador Vergueiro, 44 Loja A
Flamengo

Só Tricolor – Tijuca
Rua Santo Afonso, 153 Loja H

Argumento Livraria
Rua Dias Ferreira, 417
Leblon

Blooks Livraria
Praia de Botafogo, 316 Loja D/E
Galeria do Arteplex Botafogo

Bolívar Livraria
Rua Bolívar, 42 Loja A
Copacabana

Beco das Letras
Rua General Tibúrcio, 83 Loja 14
Urca

Moviola Livraria
Rua das Laranjeiras, 280 Loja C
Laranjeiras

Empório das Letras
Rua do Catete, 311 Sala 202
Largo do Machado

Ou ainda nos links:

http://www.7letras.com.br/destaques/do-inferno-ao-ceu.html


http://www.travessa.com.br/DO_INFERNO_AO_CEU_A_HISTORIA_DE_UM_TIME_DE_GUERREIROS/artigo/4dcf0445-b80b-43e4-a4e9-f6e5dc2ba2cd


PRO FREITAS



I

Não tomei um drinque com o Freitas.

Não conversamos por horas e horas sobre livros e textos e versos como era devido, justo e merecido.

Vez ou outra, nos tempos do Globoonliners, lá estava ele fazendo algum elogio até exagerado sobre algo que eu tinha escrito, geralmente em frases curtas e impactantes. Gostei; legal ver que alguém com enorme verniz literário se identificasse com alguma idéia minha. Então era isso: um comentário, um ou outro e-mail, uma troca leve mas bastante rica. Tempos depois, fecharam a comunidade, lá fomos nós para o Bloguispóti e o contato foi rareando, mas sempre uma luzinha do farol longe alumiava a caixa de correio eletrônico.

A vida corre, os dias escorrem rápido pelas tubulações e, sei lá o porquê, pensei em mandar pra ele a divulgação do meu livro na segunda-feira passada, mas não o fiz: podia parecer auto-promoção, enfim. Devia, mas não fiz.

Hoje de manhã, minha querida amiga Lau me escreve contando da passagem do Freitas na mesma segunda-feira em que pensei nele.

Não tenho crença, não tenho fé, mas tudo isso que nos cerca deve fazer algum sentido, ao menos em minha matemática cabeça. O sentido da falta de alguém que não se fez presente de forma material em minha mesa ou meus bares ou mesmo na maravilhosa arte da conversa-fiada por telefone, mas que certamente contribuiu para a minha confiança em publicar fisicamente pela primeira vez – e talvez seja este o grande papel dos homens de letras: semear confiança para que outros escrevam mais e mais; transmitir; dividir.

O Freitas era – e é – rubro-negro fanático e me incentivou, direta e indiretamente falando, a fazer um livro que fala do meu amado Fluminense. Não há mais dúvidas: é um Fla-Flu e, por isso, tudo faz algum sentido.

Talvez sem saber, com certeza sabendo de alguma coisa, a semente que ele ajudou a germinar ai está.

Fica o abraço de sempre.

II

Poemas Neoconcretos II

verde verde verde
verde verde verde
verde verde verde
verde verde verde erva

(Ferreira Gullar)


Paulo-Roberto Andel, 16/12/2010

Monday, December 13, 2010

LANÇAMENTO DE LIVRO






"DO INFERNO AO CÉU: A HISTÓRIA DE UM TIME DE GUERREIROS"

http://www.7letras.com.br/

Tuesday, December 07, 2010

Wednesday, December 01, 2010

INCLASSIFICÁVEIS



que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs

somos o que somos
inclassificáveis

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,

não há sol a sós

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.

somos o que somos
inclassificáveis

que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores

não há sol a sós

egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol


Arnaldo Antunes